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Ariel Sharon pertence a uma classe de estadistas que provoca amor e ódio com a mesma intensidade, sem se importar com sentimentos alheios. Tanto na carreira militar como na vida pública, perseguiu com obstinação, sem medir esforços, um só objetivo: a defesa do Estado de Israel. Como soldado e general, combateu em todas as guerras entre árabes e israelenses. Como deputado e depois ministro, nomeado em sete ocasiões ao longo de três décadas, adotou uma posição linha-dura, contrária ao princípio de paz em troca de territórios. Em mais uma reviravolta de sua carreira, o primeiro-ministro abrandou o discurso e se tornou, nos últimos dois meses, a aposta mais pragmática para as negociações de paz com os palestinos. Na semana passada, uma grave hemorragia cerebral tirou o guerreiro de cena.
( NOTICIA DO DIA 06/01/2006 DA REVISTA ÉPOCA)
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